A Defesa Civil da Faixa de Gaza relatou 24 mortes em bombardeios israelenses nesta sexta-feira (18), incluindo 10 membros de uma mesma família. Os ataques ocorreram após a rejeição do Hamas à mais recente proposta de trégua de Israel, que exigia a libertação de reféns em troca de um cessar-fogo de 45 dias. O grupo islamista insiste em um acordo abrangente, recusando condições parciais, como o desarmamento, considerado uma “linha vermelha” inegociável.
A situação humanitária em Gaza se agravou com o bloqueio total imposto por Israel desde março, levando à escassez de medicamentos e alimentos. Segundo a ONU, o território enfrenta sua pior crise desde o início do conflito, com suprimentos essenciais interrompidos há mais de um mês. Moradores relatam condições extremas, como o consumo de carne de tartaruga como alternativa à falta de proteína.
O conflito, que começou após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, já deixou mais de 51 mil mortos em Gaza, segundo autoridades locais. Enquanto isso, o Exército israelense expandiu operações terrestres e controla cerca de 50% do território, deslocando milhares de civis. A comunidade internacional pressiona por uma solução, mas as negociações permanecem estagnadas.