O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, justificou o uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar uma ex-primeira-dama de um país vizinho ao Brasil, após a concessão de asilo diplomático. Ele afirmou que a medida foi necessária para garantir a segurança e a rapidez da operação, realizada com o aval do governo do país de origem. O asilo foi concedido com base na Convenção de Caracas e em razões humanitárias, incluindo a necessidade de tratamento médico pós-cirúrgico e a presença de um filho menor de idade.
A decisão foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e está em conformidade com as normas internacionais, segundo o chanceler. A ex-primeira-dama e seu filho chegaram a Brasília na última quarta-feira (16.abr) e devem se estabelecer em São Paulo. O governo brasileiro enfatizou que o asilo não representa um posicionamento político, mas sim uma ação baseada em princípios humanitários e legais.
O caso envolve uma figura pública condenada por corrupção em seu país de origem, onde alega perseguição política. A oposição ao governo brasileiro criticou a decisão, questionando o uso de recursos públicos. O ministro, no entanto, reiterou que a ação seguiu todos os protocolos legais e foi motivada por circunstâncias excepcionais, sem mencionar detalhes específicos sobre o processo judicial no país vizinho.