Com a relançamento de produtos icônicos como o chocolate Surpresa e a bolacha Passatempo, a Nestlé buscou resgatar a nostalgia dos consumidores que cresceram entre as décadas de 1980 e 2000. No entanto, muitos têm expressado frustração nas redes sociais, apontando mudanças significativas no sabor e na textura desses doces. Críticos destacam a substituição de ingredientes tradicionais, como o cacau, por alternativas mais baratas, como gorduras vegetais e açúcares, alterando não apenas o gosto, mas também a qualidade nutricional dos produtos.
Especialistas alertam que essa prática reflete uma tendência global na indústria alimentícia, onde ingredientes nobres são frequentemente substituídos por versões ultraprocessadas. Estudos associam o consumo desses produtos a riscos elevados de doenças crônicas, como diabetes e problemas cardiovasculares. Além disso, a falta de transparência nas embalagens, onde mudanças na fórmula nem sempre são claramente comunicadas, dificulta a escolha consciente do consumidor.
Apesar das normas da Anvisa exigirem a divulgação de alterações nos ingredientes, as empresas muitas vezes minimizam essas informações nos rótulos. Para evitar os efeitos negativos à saúde, recomenda-se optar por produtos com menos aditivos e priorizar chocolates com maior concentração de cacau. Enquanto isso, a Nestlé não se pronunciou sobre as críticas, deixando a discussão em aberto sobre o equilíbrio entre custo, sabor e qualidade na produção de alimentos nostálgicos.