Ministros do Supremo Tribunal Federal e integrantes do Palácio do Planalto avaliam que o novo Projeto de Lei da Anistia, em discussão no Congresso, pode ser uma armadilha política. A proposta, que prevê redução de penas para envolvidos secundários nos atos de 8 de janeiro de 2023, exclui líderes do movimento, como o ex-presidente e seus aliados mais próximos. Isso força parlamentares da base bolsonarista a se posicionarem, revelando possíveis divergências dentro do grupo.
A articulação do projeto é liderada por presidentes do Senado e da CCJ da Câmara, com aval de setores do STF e do governo federal. Embora ministros como Alexandre de Moraes não se oponham à redução de penas para casos menores, eles reforçam que a medida não pode violar a Constituição ao abranger líderes do movimento. A proposta é vista como um teste político, especialmente para parlamentares moderados que defendem anistia apenas para pequenos infratores.
Enquanto isso, o Planalto trabalha para esvaziar a proposta, buscando convencer deputados a retirarem assinaturas do pedido de urgência. A oposição ainda defende o texto original da anistia, considerado inconstitucional pelo STF, mas sinaliza abertura a negociações. A tramitação do novo projeto depende do apoio de líderes partidários para avançar nas comissões e chegar ao plenário.