O ex-presidente Michel Temer afirmou que o ministro do STF Alexandre de Moraes é uma figura moderada e sem ressentimentos, defendendo que o Supremo revise a dosimetria das penas aplicadas aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Temer, que indicou Moraes ao STF em 2017, sugeriu que a revisão pelo Judiciário evitaria atritos entre os Poderes, destacando a importância de uma solução conciliatória. Ele reforçou que a punição foi necessária, mas que uma redução nas penas poderia ser equilibrada.
A discussão sobre a revisão das penas ganhou força após declarações da ministra Gleisi Hoffmann, que defendeu um debate no Congresso sobre o tema, gerando desconforto no STF. Hoffmann posteriormente esclareceu que a revisão criminal cabe ao Judiciário, não ao Legislativo. Enquanto isso, partidos como o PL pressionam pela votação urgente de um projeto de anistia, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta, prefere buscar um acordo entre os Poderes antes de levar a proposta ao plenário.
Motta destacou que decisões sobre pautas devem ser discutidas com o Colégio de Líderes, reforçando a importância da estabilidade institucional. A busca por uma mediação parece ser a estratégia predominante, evitando confrontos diretos entre Executivo, Legislativo e Judiciário. O impasse continua, com o STF mantendo a competência sobre as revisões penais e o Congresso dividido sobre como proceder.