A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo indiciou dezessete policiais militares por participação na morte de um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), ocorrida em novembro de 2024. Doze dos agentes foram vinculados a uma organização criminosa, enquanto outros quatro enfrentam acusações de falsidade ideológica, prevaricação e violência. A Corregedoria solicitou a manutenção da prisão preventiva de quatorze dos envolvidos, que estão detidos no presídio Romão Gomes, na capital paulista.
O caso ganhou repercussão após a vítima, que havia firmado um acordo de delação premiada, ser assassinada a tiros de fuzil ao deixar o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Em suas revelações, o delator apontou o envolvimento de policiais em atividades ilegais, incluindo lavagem de dinheiro e esquemas financeiros ligados ao PCC. As investigações sugerem que o crime foi uma retaliação por parte da facção, ocorrendo poucos dias após a colaboração com as autoridades.
Além do inquérito da Polícia Militar, a Polícia Civil indiciou oito pessoas, e as investigações continuam em andamento para esclarecer todas as responsabilidades. A Secretaria de Segurança Pública reforçou o compromisso com a apuração transparente do caso, destacando a importância de combater a infiltração criminosa nas instituições. O episódio evidencia os desafios enfrentados no combate ao crime organizado e à corrupção dentro das forças de segurança.