Uma pesquisa nacional divulgada em 2024 aponta que nove em cada dez estudantes adolescentes e jovens LGBTI+ sofreram agressões verbais no ambiente escolar. O estudo, realizado pela Aliança Nacional LGBTI+ em parceria com o Instituto Unibanco, entrevistou 1.170 alunos que se identificam como parte dessa comunidade, revelando que 86% se sentem inseguros na escola devido a características pessoais, como aparência ou identidade de gênero. Entre pessoas trans, o índice chega a 93%, enquanto 34% dos entrevistados relataram ter sofrido violência física.
A pesquisa também destacou a falta de ações efetivas por parte das instituições de ensino. Dos estudantes que buscaram ajuda após sofrer bullying, 69% afirmaram que nenhuma medida foi tomada. Além disso, 94% dos entrevistados relataram sentir depressão no mês anterior ao levantamento, com índices ainda mais altos entre jovens trans. O cenário contribui para a evasão escolar, com 47% dos alunos LGBTI+ faltando às aulas por medo da violência.
Como solução, o estudo sugere a implementação de políticas públicas que promovam diálogo, capacitação de educadores e inclusão de temas como diversidade e direitos humanos no currículo escolar. Especialistas defendem que a mudança deve ser estrutural, envolvendo não apenas as escolas, mas toda a sociedade, para garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes.
