A ex-primeira-dama do Peru solicitou e obteve asilo diplomático na Embaixada do Brasil em Lima, após ser condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Com um salvo-conduto concedido pelo governo peruano, ela viajou para Brasília nesta quarta-feira (16). O Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas fontes da diplomacia brasileira confirmaram sua chegada ao país.
De acordo com as regras brasileiras, o refúgio é oferecido a estrangeiros que sofrem perseguição por motivos políticos, raciais, religiosos ou violações graves de direitos humanos. O pedido pode ser feito por quem teme retornar ao país de origem e não deseja ou não pode receber proteção local. O status de refugiado no Brasil tem validade inicial de um ano, podendo ser renovado pela Polícia Federal após análise do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).
O Ministério das Relações Exteriores do Peru afirmou que foi notificado pela embaixada brasileira sobre a concessão do asilo, ressaltando que a decisão ocorreu após a condenação judicial. O governo peruano destacou que, seguindo convenções internacionais, garantiu o salvo-conduto para a saída da ex-primeira-dama e de um filho dela. O caso segue sob avaliação das autoridades brasileiras.