Instituições de prestígio nos Estados Unidos enfrentam cortes ou bloqueios em financiamento federal após não cumprirem exigências do governo. Harvard, a primeira a resistir às medidas, teve US$ 2,3 bilhões congelados por se recusar a fechar programas de diversidade e inclusão, além de outras demandas, como a proibição de máscaras em protestos. O governo alega que as universidades não combateram adequadamente o antissemitismo durante os protestos pró-Palestina em 2024, acusação contestada por manifestantes.
Columbia, Princeton, Cornell, Northwestern e Brown também estão na mira, com valores que variam de US$ 175 milhões a US$ 1 bilhão retidos. Algumas instituições, como Columbia, cederam a parte das exigências, incluindo a remoção de departamentos acadêmicos e a proibição de máscaras. Já a Universidade da Pensilvânia teve verbas suspensas devido à inclusão de atletas transgêneros em esportes femininos, uma decisão que a instituição afirma estar em conformidade com as regras esportivas.
O conflito reflete a tensão entre autonomia acadêmica e políticas governamentais, com universidades defendendo sua liberdade de ensino e pesquisa. Enquanto algumas negociam para recuperar recursos, outras, como Harvard, mantêm-se firmes em suas posições. O impacto a longo prazo dessas medidas ainda é incerto, mas já afeta projetos de pesquisa e bolsas estudantis em algumas das instituições mais renomadas do país.