O requerimento de urgência para o PL 2.858/2022, que propõe anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, foi apresentado à Mesa da Câmara pelo líder do partido responsável. O projeto obteve 264 assinaturas de deputados, incluindo 146 de partidos da base governista, e poderá ser votado a qualquer momento se incluído na ordem do dia pelo presidente da Casa. Caso aprovado, o texto seguirá diretamente para o plenário, sem análise prévia em comissões, com expectativa de votação até o fim de abril.
O presidente da Câmara resiste a pautar o projeto, buscando evitar desgaste político e uma solução conjunta entre os Poderes para revisar as penas impostas pelo STF. Apesar da pressão de partidos contrários à proposta, como o PT, o PL conseguiu amplo apoio, incluindo de aliados do governo. O tema é considerado sensível e divide até mesmo quem elegeu o atual presidente da Casa.
A situação expõe tensões dentro da base governista e a complexidade do debate sobre anistia. Enquanto alguns partidos defendem a revisão das condenações, outros pressionam para barrar a proposta, refletindo divergências estratégicas e ideológicas. O desfecho dependerá da articulação política nos próximos dias e da disposição do presidente da Câmara em colocar o projeto em votação.