O líder do governo na Câmara criticou o protocolo do projeto de anistia apresentado pela oposição, que obteve 262 assinaturas. Ele destacou que o requerimento de urgência não assegura a tramitação imediata da proposta, já que há mais de mil pedidos em análise e a decisão cabe ao presidente da Casa. Além disso, afirmou que a oposição não tem esclarecido que o texto beneficiaria, preferencialmente, indivíduos envolvidos em atos contra a democracia, conforme investigações da Polícia Federal.
O parlamentar ressaltou que a proposta não se trata apenas de ajustes nas penas, como alegado por alguns, mas poderia levar à impunidade de crimes contra a ordem democrática. Ele lembrou que não há precedentes no Brasil, em períodos de plena democracia, de anistia concedida antes do julgamento judicial. O líder ainda contrastou o objetivo do projeto com o papel histórico da anistia durante a redemocratização do país.
Enquanto isso, o presidente da Câmara, que está em viagem ao exterior, adiou decisões sobre o projeto de anistia e outros temas polêmicos, como o processo de cassação de um deputado. A resolução dessas questões só ocorrerá após o feriado da Páscoa, deixando o debate em suspenso. A situação expõe as divergências no Congresso sobre como lidar com eventos recentes que desafiaram as instituições democráticas.