O preço do café moído registrou um aumento de 77,8% nos últimos 12 meses até março de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE. Apenas em 2025, o produto já subiu 30,04%, impulsionado pela queda na oferta mundial, problemas na safra do Vietnã — segundo maior exportador — e pelas secas e temperaturas elevadas que afetaram a produção. A combinação de baixa produção e dólar forte incentivou as exportações, reduzindo a disponibilidade interna do produto.
Apesar do cenário, o consumo de café torrado e moído no Brasil cresceu 1,1% entre 2023 e 2024, totalizando 21,9 milhões de sacas de 60 kg, equivalente a 40,4% da safra anterior, de acordo com a Abic. O Brasil mantém sua posição como segundo maior consumidor mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que demandam 4,1 milhões de sacas a mais.
Em março, o IPCA registrou alta de 0,56%, abaixo dos 1,31% de fevereiro, mas ainda o maior patamar para o mês desde 2003. A desaceleração não foi suficiente para aliviar a pressão nos preços, que seguem impactados pelos desafios climáticos e pela dinâmica do mercado global.