A inflação de alimentos e bebidas acelerou em março de 2025, com o IPCA do setor registrando alta de 1,17% em relação a fevereiro. O governo federal tem implementado medidas para conter os preços, como a isenção de impostos de importação para alguns produtos, mas o impacto tem sido limitado, já que os itens beneficiados representam apenas 1% das importações brasileiras. Outra estratégia em estudo é a reformulação do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), que poderia reduzir custos com vale-refeição e vale-alimentação, mas especialistas questionam a eficácia da medida.
O grupo de alimentação e bebidas foi um dos principais responsáveis pelo aumento do IPCA geral, que ficou em 0,56% em março, abaixo dos 1,31% de fevereiro. Apesar da desaceleração, os preços continuaram subindo, pressionando o orçamento das famílias. O ministro da Fazenda afirmou que novas medidas relacionadas ao PAT devem ser anunciadas em um mês, mas entidades do setor argumentam que a portabilidade dos benefícios não necessariamente levaria à redução dos custos dos alimentos.
A inflação segue como um desafio para a economia, refletindo diretamente no poder de compra da população. Enquanto o governo busca alternativas para frear a alta dos preços, os dados mostram que os esforços ainda não tiveram efeito perceptível. A situação exige monitoramento constante, já que a alimentação é um dos itens mais sensíveis no orçamento dos brasileiros e tem impacto direto no índice geral de preços.