A inflação acumulada em 12 meses no Brasil acelerou para 5,48% em março de 2025, ante 5,06% no mês anterior, marcando o maior patamar desde fevereiro de 2023. Os dados do IPCA, divulgados pelo IBGE, mostram que o indicador permanece acima do teto da meta do governo, que é de 4,5%, e deve encerrar o primeiro semestre ultrapassando o objetivo. O resultado ficou alinhado com as expectativas do mercado, que projetava uma taxa de 5,45%.
Em março, o IPCA mensal desacelerou para 0,56%, após registrar 1,31% em fevereiro. A inflação é um termômetro importante para a economia, refletindo o aumento de preços e o poder de compra do consumidor. Seu comportamento influencia diretamente as decisões do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano.
Pela terceira vez consecutiva, a inflação anual deve ficar acima da meta em 2025, seguindo o mesmo padrão de 2024, quando fechou em 4,83%. O mercado financeiro projeta um IPCA de 5,65% no ano, enquanto o Ministério da Fazenda estima 4,9%, ainda acima do limite tolerável. O cenário reforça os desafios para o controle de preços e a política monetária no país.