Na última semana, os mercados financeiros enfrentaram volatilidade devido às medidas tarifárias anunciadas pelos Estados Unidos. As bolsas asiáticas, que haviam despencado após ameaças de aumento de taxas sobre importações chinesas, estabilizaram parcialmente nesta quinta-feira (10), com exceção do Nikkei 225, que registrou queda de 2,96%. Na Europa, os índices tiveram desempenho misto, enquanto os mercados norte-americanos fecharam em queda acentuada, com o Nasdaq recuando 4,31%. No Brasil, o dólar subiu para R$ 5,89, e o Ibovespa corrigiu parte dos ganhos do dia anterior.
A escalada da guerra comercial global ganhou novo capítulo com a elevação das tarifas sobre produtos chineses para 145%, conforme explicado pela Casa Branca. O aumento decorre de uma série de medidas retaliatórias, incluindo taxas adicionais impostas pelos EUA e respostas da China. Inicialmente, as tarifas partiram de 20% em fevereiro, subiram para 54% no início de abril e, após novas retaliações, atingiram o patamar atual. O prazo de 90 dias para redução parcial das taxas, anunciado na quarta-feira (9), trouxe alívio temporário, mas a incerteza persiste.
Os investidores permanecem atentos aos desdobramentos, já que as oscilações refletem a sensibilidade dos mercados às tensões comerciais. Enquanto alguns índices europeus registraram leves altas, a preocupação com o impacto econômico global limita a recuperação. O cenário sugere que a volatilidade deve continuar até que haja maior clareza sobre o rumo das negociações entre as principais economias envolvidas.