Os Barômetros Econômicos Globais Antecedente e Coincidente registraram queda em abril, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Barômetro Coincidente, que reflete o estado atual da atividade econômica, recuou pelo segundo mês consecutivo, retornando ao nível de setembro de 2024. Já o Barômetro Antecedente, que sinaliza tendências com três a seis meses de antecedência, manteve-se próximo aos 100 pontos, padrão observado desde maio do ano passado. A FGV destacou que os dados ainda não incorporam os efeitos das recentes tensões comerciais, como o aumento de tarifas anunciado pelos Estados Unidos.
Em abril, o Barômetro Coincidente caiu 1,5 ponto, para 92,3 pontos, enquanto o Antecedente recuou 1,7 ponto, ficando em 101,9 pontos. A queda foi impulsionada principalmente pelo Hemisfério Ocidental, seguido pela Europa, enquanto a região da Ásia, Pacífico & África teve impacto quase neutro. No Barômetro Coincidente, por exemplo, o Hemisfério Ocidental contribuiu com -1,1 ponto, a Europa com -0,3 ponto e a Ásia, Pacífico & África com apenas -0,1 ponto.
Os indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em parceria com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique. A análise reforça que, embora as tensões comerciais recentes não estejam totalmente refletidas nos dados, a desaceleração já é perceptível, especialmente nas economias ocidentais. O desempenho das regiões sugere um cenário de cautela para os próximos meses, com possíveis reflexos na atividade econômica global.
