Friedrich Merz, líder da aliança conservadora CDU/CSU, deve anunciar nesta quarta-feira (9) um acordo de coalizão com os social-democratas para formar o novo governo da Alemanha. O pacto, que define as diretrizes para os próximos quatro anos, surge em um momento crítico, com o país enfrentando os impactos da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos e a crescente influência do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). A coletiva de imprensa em Berlim marca o fim de um mês e meio de negociações pós-eleições, consolidando uma aliança entre conservadores e centro-esquerda para liderar a maior economia europeia.
A formação do novo governo é vista como um alívio para os parceiros europeus, que aguardavam uma liderança estável para enfrentar desafios econômicos e de segurança. A economia alemã, altamente dependente das exportações, está particularmente vulnerável às tarifas comerciais americanas. Merz, que já aprovou um plano bilionário para modernizar e rearmar o país, agora enfrenta críticas internas por flexibilizar as regras de endividamento, uma medida controversa mesmo entre seus aliados.
Enquanto isso, pesquisas indicam que a AfD continua ganhando apoio, superando ligeiramente os conservadores nas intenções de voto. O cenário político turbulento e as pressões externas colocam o futuro governo diante de desafios complexos, exigindo equilíbrio entre prioridades domésticas e a posição da Alemanha no cenário global.