Um médico que acompanhou um ex-jogador de futebol por 20 anos afirmou, durante um julgamento, que o ídolo argentino deveria ter sido encaminhado para um centro de reabilitação após uma cirurgia cerebral em 2020, em vez de permanecer em internação domiciliar, onde veio a falecer. O ex-atleta morreu de ataque cardíaco em sua casa, em novembro daquele ano, durante a recuperação da cirurgia. O profissional destacou que, conhecendo o histórico do paciente, não recomendaria a hospitalização em casa, já que o local não possuía a estrutura médica necessária.
O médico explicou que foi apenas consultado e não teve poder de decisão sobre o caso, sendo que a clínica optou pela internação domiciliar. Testemunhas no julgamento confirmaram a falta de equipamentos adequados na residência. O profissional também observou que, em aparições públicas, o ex-jogador apresentava sinais como sobrepeso, cansaço e fala lenta, indicando possíveis problemas de saúde não tratados.
Sete profissionais envolvidos no tratamento estão sendo julgados por homicídio culposo, acusados de negligência ao não fornecer cuidados médicos adequados. Eles negam as acusações e, se condenados, podem enfrentar até 25 anos de prisão. O julgamento deve ser concluído até julho. O caso reacende discussões sobre a responsabilidade médica em tratamentos de alta complexidade.