O ministro das Comunicações decidiu renunciar ao cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares durante seu mandato como deputado federal. A decisão foi tomada durante uma reunião reservada em Brasília, com a participação de líderes partidários e uma ministra de Estado, que sinalizaram a preferência por uma saída negociada, evitando a exoneração direta pelo presidente.
A denúncia, a primeira apresentada pelo atual procurador-geral contra um ministro do governo, investiga irregularidades na destinação de recursos para obras em um município onde familiares do ministro ocupavam cargos públicos. Relatórios da Polícia Federal apontam indícios de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com valores que ultrapassam R$ 50 milhões em emendas parlamentares.
A expectativa é que a bancada do partido indique um substituto para o cargo, com um dos nomes cotados sendo um líder da legenda na Câmara. O caso reforça o debate sobre o uso de emendas orçamentárias e a fiscalização de recursos públicos, temas que têm ganhado destaque no cenário político recente.