Os juros futuros registraram alta firme nesta terça-feira, impulsionados pela aversão ao risco após a confirmação de tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses pelos EUA. O real foi penalizado, e a curva de juros subiu, com contratos como o DI para janeiro de 2027 fechando em 14,39%, ante 14,20% no ajuste anterior. A volatilidade nos Treasuries e a aproximação do dólar à marca de R$ 6,00 ampliaram preocupações com riscos inflacionários e a possível reação do Federal Reserve em um cenário de estagflação.
As ações foram duramente afetadas, enquanto analistas alertam para os impactos de uma guerra comercial mais acirrada, especialmente se houver pressão significativa sobre as taxas de juros globais. Apesar da pressão na curva de juros, alguns estrategistas destacam que as taxas brasileiras mostraram relativa resistência em comparação a outros mercados emergentes. O real, no entanto, foi a moeda mais fraca entre seus pares, refletindo a incerteza externa.
Com a China sob pressão tarifária, os preços das commodities recuaram, aumentando expectativas de redução nos custos de combustíveis no Brasil. Especialistas avaliam que o Banco Central pode revisar sua política monetária diante de uma desaceleração global, antecipando até o fim do ciclo de alta da Selic. Enquanto isso, o dólar segue em alta, e o mercado monitora os desdobramentos das medidas comerciais dos EUA e seus efeitos sobre a economia brasileira.