Os juros futuros encerraram a sessão em alta, impulsionados pela aversão ao risco após a confirmação de tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses pelos EUA. O real foi penalizado, e a curva de juros subiu, com contratos como o DI para janeiro de 2027 fechando em 14,39%, ante 14,20% no ajuste anterior. O dólar à vista ultrapassou a marca de R$ 6, aumentando preocupações com inflação e a postura do Federal Reserve diante de um possível cenário de estagflação.
Ações foram duramente afetadas, e analistas alertam para riscos caso a guerra comercial impacte as taxas de juros de forma mais significativa. A taxa dos títulos de 10 anos dos EUA subiu para 4,27%, refletindo incertezas globais. Embora a pressão sobre os juros tenha sido moderada em comparação a outros ativos, o real se destacou como a pior moeda entre os emergentes, segundo especialistas.
Em meio à desaceleração global, há expectativas de que o Banco Central possa revisar sua política monetária, antecipando o fim do ciclo de alta da Selic. A queda nos preços das commodities, especialmente devido às tarifas sobre a China, pode aliviar pressões inflacionárias no Brasil, com possíveis reduções nos preços dos combustíveis. Economistas projetam um corte de 3% a 5% no preço da gasolina, beneficiando o cenário doméstico.