A perspectiva de tarifas elevadas sobre produtos importados da China, anunciadas pela administração Trump, levou a uma queda acentuada no valor de mercado da Apple e a um pico inesperado na demanda por iPhones nos Estados Unidos. Consumidores lotaram as lojas da empresa no fim de semana, preocupados com possíveis aumentos de preços, já que a maioria dos dispositivos é fabricada na China e pode ser atingida por uma tarifa de 54%. Funcionários relataram movimento intenso, comparável ao período de festas de fim de ano, com clientes comprando por precaução.
A Apple ainda não se pronunciou oficialmente sobre como lidará com os impactos das tarifas, mas já adota medidas para mitigar os efeitos, como redirecionar parte da produção para países como Índia e Vietnã, onde as tarifas são menores. Enquanto isso, o aumento nas vendas pode impulsionar os resultados do terceiro trimestre fiscal, já que a empresa está escoando estoques acumulados. Especialistas avaliam que, se as tarifas forem implementadas, a Apple pode pressionar fornecedores e reduzir margens para evitar repasses aos consumidores.
O clima de incerteza afetou fortemente as ações da Apple, que registrou sua pior queda em três dias desde 2001. Apesar disso, o temor de preços mais altos no futuro tem incentivado compras antecipadas, com lojas reportando vendas superiores às de anos anteriores. A empresa deve divulgar mais detalhes sobre o impacto potencial das tarifas em sua próxima conferência de resultados, marcada para 1º de maio.