Durante um ato realizado neste domingo (6) na Avenida Paulista, em defesa da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, um ex-presidente mencionou esperar ajuda internacional para reverter sua inelegibilidade nas eleições de 2026. Ele afirmou confiar em um cenário mais equilibrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo ano e destacou a ausência de um de seus filhos, que está nos Estados Unidos e, segundo ele, busca denunciar “injustiças” no Brasil. O evento contou com a presença de apoiadores, incluindo familiares e autoridades políticas.
O ato reuniu mais de 44 mil pessoas, segundo medição da USP, sendo o segundo deste ano em defesa da anistia. O ex-presidente citou o julgamento de um ex-assessor na Justiça americana, marcado para esta semana, como parte de um contexto mais amplo. A defesa do assessor negou sua participação em um voo controverso e sua vinculação a supostas tentativas de interferência institucional.
Organizado por um líder religioso, o evento marcou a primeira grande mobilização de apoiadores após o STF aceitar uma denúncia envolvendo o ex-presidente e outros sete indivíduos por alegações de tentativa de desestabilização institucional em 2022. Durante o discurso, o ex-mandatário sugeriu que sua saída do Brasil em dezembro de 2022 evitou consequências mais graves, como prisão ou risco pessoal. O governador de São Paulo, presente no ato, defendeu a anistia como medida necessária para “pacificar o país”.