O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, informou que mais de 50 países solicitaram negociações para reduzir ou eliminar as tarifas de importação impostas por Washington. As novas taxas, que incluem 10% para a maioria dos países, 20% para a União Europeia e 34% para a China, entraram em vigor no início de abril e provocaram quedas nos mercados globais. Autoridades americanas afirmaram que as discussões podem levar meses, destacando a necessidade de garantir que as propostas dos outros países sejam confiáveis após décadas de “mau comportamento” comercial.
A China reagiu com medidas similares contra os EUA, enquanto a União Europeia busca uma resposta unificada. Líderes europeus expressaram preocupação, com o primeiro-ministro britânico declarando que “o mundo como o conhecíamos acabou”. Israel também está no radar, com um imposto de 17% planejado, o que será discutido em uma reunião entre seu primeiro-ministro e Trump. O secretário de Comércio dos EUA, no entanto, deixou claro que não haverá adiamento para as tarifas que entram em vigor em 9 de abril.
Especialistas divergem sobre o impacto das medidas: enquanto o assessor econômico da Casa Branca minimiza os efeitos para os consumidores americanos, economistas preveem inflação e desaceleração. A justificativa do governo é proteger os trabalhadores dos EUA da concorrência desleal. A Rússia, por enquanto, foi poupada das tarifas devido às negociações sobre a Ucrânia, mas autoridades alertam que isso não será permanente. O cenário aponta para meses de tensão no comércio global.