A UNCTAD advertiu que as recentes tarifas impostas por grandes economias representam um risco ao crescimento global, desencorajam investimentos e prejudicam países vulneráveis, intensificando as desigualdades. Em um cenário de baixo crescimento e alto endividamento, a elevação dessas barreiras comerciais pode reduzir ainda mais os fluxos de comércio e investimento, aumentando a incerteza em uma economia já fragilizada. A secretária-geral da organização destacou que o comércio não deve ser uma fonte de instabilidade, mas sim um motor para o desenvolvimento e a prosperidade global.
Os países em desenvolvimento, embora tenham participação mínima nos desequilíbrios comerciais, estão entre os mais impactados pelas medidas protecionistas. Eles representam apenas uma fração do déficit comercial dos Estados Unidos, por exemplo, e as tarifas não resolverão esse problema nem trarão ganhos significativos, segundo a UNCTAD. A entidade enfatiza que a correção desses desequilíbrios e a modernização das regras do comércio internacional devem ser feitas por meio de cooperação, não de medidas unilaterais.
A organização pede que líderes globais reconsiderem as tarifas impostas a nações frágeis, alertando para o risco de agravar o sofrimento de milhões de pessoas. Em vez de escaladas protecionistas, a UNCTAD defende o diálogo e a criação de regras previsíveis que priorizem o desenvolvimento e a proteção dos mais vulneráveis. O momento exige colaboração, não confronto, para garantir que o comércio global continue a ser uma força para a estabilidade econômica.