A jornalista e poeta Cida Almeida compartilha uma reflexão afetuosa sobre seu amigo Caio Jacobson, cuja presença marcou sua vida profissional e pessoal. Ela relembra os momentos vividos juntos, desde o primeiro encontro em uma coletiva com Fernanda Montenegro até os diálogos cotidianos no Gabinete de Imprensa da Assembleia Legislativa de Goiás. As histórias de Caio, repletas de humor e humanidade, especialmente as envolvendo sua família, como a mãe e sua personalidade vibrante, tornaram-se parte indelével de suas memórias.
O texto também evoca a casa da família Jacobson, um marco arquitetônico e emocional em Goiânia, onde Cida entrevistou o pai de Caio, o Dr. Eduardo Jacobson, em seu primeiro trabalho como repórter. A residência, outrora símbolo de elegância, acabou sucumbindo ao abandono e a disputas judiciais, deixando apenas um vazio no terreno. A narrativa entrelaça a decadência física da casa com as lembranças dolorosas da família, como a morte do irmão de Caio, que transformou o médico em um homem envelhecido pela dor.
Por fim, Cida expressa a impossibilidade de passar pelo local sem reviver as histórias e a voz de Caio, que permanecem vivos em sua mente como cenas de um filme. O texto é uma homenagem à amizade e às narrativas que resistem ao tempo, iluminadas pela poesia das memórias compartilhadas. A autora encerra com um tom nostálgico, reforçando a ligação entre lugares, pessoas e as histórias que os unem.