O procurador-geral da República pediu o arquivamento da investigação sobre a suposta falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19, alegando falta de provas complementares além da delação premiada de um colaborador próximo. A decisão representa uma vitória pontual para a defesa do ex-presidente, mas o procurador destacou que a denúncia por tentativa de golpe de Estado, já acolhida pelo Supremo Tribunal Federal, possui fundamentos mais sólidos, com evidências independentes coletadas pela Polícia Federal.
O caso da vacina foi inicialmente visto como um gatilho para investigações mais amplas, como a dos eventos de 8 de janeiro. No entanto, a decisão de arquivamento pode ser usada politicamente para sustentar alegações de perseguição judicial, embora o STF já tenha rejeitado argumentos similares ao aceitar a denúncia sobre a tentativa de golpe. O relator do caso destacou que as provas não se limitam à delação, incluindo documentos e outros elementos materiais.
Apesar do arquivamento, a análise do procurador-geral busca reforçar a seriedade da denúncia principal, mostrando que as investigações sobre a tentativa de golpe têm base em evidências robustas. Enquanto isso, aliados do ex-presidente podem utilizar a decisão para questionar a legalidade de outros processos, embora especialistas apontem que as duas investigações possuem naturezas distintas.