O governo brasileiro enviou uma manifestação oficial aos Estados Unidos expressando preocupação com as tarifas unilaterais impostas pela Casa Branca, que podem afetar negativamente as relações comerciais entre os dois países. O documento, divulgado pela Folha de S. Paulo e acessado pela News, foi encaminhado ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) durante consultas públicas sobre as novas tarifas, incluindo a taxa de 25% sobre aço e alumínio. O Brasil reconhece os esforços americanos para promover o desenvolvimento industrial, mas defende o diálogo e a cooperação em vez de medidas unilaterais que possam desencadear uma espiral de restrições prejudiciais.
O presidente Lula tem defendido publicamente a reciprocidade nas tarifas, enquanto membros do governo, como os ministros das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, buscam negociar alternativas com representantes dos EUA. O texto enviado pelo Brasil ressalta os 200 anos de relações diplomáticas e comerciais entre os países, destacando benefícios mútuos como crescimento econômico e geração de empregos. O governo brasileiro reiterou sua disposição para trabalhar em conjunto com os EUA na resolução de questões comerciais, visando proteger os interesses de ambos os lados.
O Itamaraty confirmou o envio do documento e afirmou que o tema está sendo acompanhado com atenção devido aos possíveis impactos nas exportações brasileiras. Embora haja discussões sobre acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), diplomatas alertam para a paralisia da entidade, que atualmente não tem capacidade para mediar conflitos ou garantir decisões. Enquanto isso, o Brasil continua a priorizar a via diplomática para evitar escaladas nas tensões comerciais.
