Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) em parceria com a Faculdade de Farmácia (FF) da Universidade Federal de Goiás (UFG) está utilizando inteligência artificial (IA) para identificar novos fármacos no tratamento da diabetes tipo 2. O estudo utiliza bioinformática e quimioinformática para analisar mais de um milhão de moléculas em nível atômico, prevendo quais delas têm maior potencial de eficácia. A IA permite filtrar essas moléculas com base em suas propriedades, acelerando o processo de descoberta de novos tratamentos.
A IA também auxilia na previsão das interações moleculares necessárias para que os medicamentos funcionem corretamente no organismo humano, o que melhora a eficácia e reduz o risco de efeitos colaterais. Além disso, a utilização dessa tecnologia diminui os custos da pesquisa, reduz os testes em animais e aumenta a precisão na escolha das moléculas promissoras. Isso acelera o avanço dos estudos, possibilitando que compostos mais eficazes cheguem a ensaios clínicos mais rapidamente.
Atualmente, a pesquisa está na fase de validação biológica, onde as moléculas selecionadas são testadas fora do ambiente computacional. Caso a pesquisa continue com sucesso, os pesquisadores buscarão patentes e a colaboração de laboratórios farmacêuticos para a produção dos novos medicamentos. Com a utilização da IA, o tempo necessário para o desenvolvimento de um novo medicamento pode ser reduzido de 15 para até sete anos, tornando o processo mais rápido e eficiente.