O governo brasileiro está analisando possíveis respostas às tarifas anunciadas por Donald Trump, que prometeu adotar medidas de reciprocidade, especialmente no caso do etanol brasileiro. Trump destacou o desequilíbrio na balança comercial, mencionando o etanol como uma das principais assimetrias. Em entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou outra medida dos EUA, que prevê uma tarifa de 25% sobre importações de alumínio e aço. Lula afirmou que, se o Brasil for afetado, tomará medidas comerciais, podendo recorrer à Organização Mundial do Comércio ou adotar tarifas sobre produtos americanos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou, enfatizando a necessidade de diálogo com os Estados Unidos para evitar uma guerra comercial. Alckmin expressou o desejo de manter uma relação pacífica entre as duas economias, alertando contra o impacto negativo de disputas tarifárias. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu cautela ao avaliar o impacto das medidas de Trump, ressaltando que ainda não é possível determinar com precisão os efeitos sobre a economia brasileira.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sugeriu que o Brasil pode ser menos afetado por essas tarifas em comparação com países com maior vínculo comercial com os EUA, como o México e o Canadá. Ele observou que, embora as tarifas não sejam vantajosas para o Brasil, o impacto poderia ser menos severo em relação a outros países, como o México, dado o contexto das relações comerciais entre os dois países.