Um jovem de 20 anos foi preso por engano no Distrito Federal no final de janeiro, devido a um erro judicial envolvendo o não pagamento de pensão alimentícia, mesmo sem ter filhos. Gustavo Ferreira foi detido com um mandado de prisão expedido em Minas Gerais, embora o processo fosse de São Paulo. O erro só foi identificado após 27 horas de prisão, quando a Defensoria Pública do DF interveio durante a audiência de custódia e conseguiu a liberação do jovem. O mandado de prisão datava de 2017, quando ele tinha apenas 12 anos.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou uma investigação sobre o uso inadequado de credenciais de magistrados ou servidores no caso, já que o processo criminal foi direcionado de forma incorreta. A inconsistência nos registros e a falta de verificação adequada pelos tribunais têm sido apontadas como causas para o equívoco, e o CNJ está avaliando medidas para evitar novos incidentes. A Defensoria Pública do DF confirmou que a prisão foi um erro, mas o motivo ainda não foi completamente esclarecido.
O advogado do jovem informou que tomará medidas legais para pedir uma indenização, já que o caso causou transtornos significativos ao cliente. Gustavo, que nunca foi a São Paulo ou Minas Gerais e não tem antecedentes criminais, expressou o desconforto de ser preso sem culpa, especialmente por um erro administrativo. Ele ressaltou a dificuldade de passar por uma situação tão injusta e espera que o caso sirva para evitar que mais pessoas enfrentem experiências semelhantes.