A Polícia Civil de Goiás está investigando um esquema de erros graves em procedimentos estéticos realizados em uma clínica em Goiânia. Mais de 70 pessoas denunciaram danos físicos e psicológicos decorrentes de intervenções malsucedidas, como deformações e sequelas. O caso resultou na prisão de dois influenciadores e sete colaboradores da clínica, que oferecia procedimentos a preços muito abaixo do mercado. As vítimas relatam que além de erros estéticos, sofreram com traumas emocionais e financeiros, sendo necessárias intervenções corretivas em muitos casos. A investigação também aponta a revenda ilegal de medicamentos obtidos com receitas médicas falsas.
O esquema operava com profissionais sem formação adequada e em instalações precárias. Segundo a Polícia Civil, os procedimentos eram realizados com substâncias não autorizadas e em condições inadequadas, resultando em lesões graves, como necrose em algumas vítimas. Entre os relatos, há o de pacientes que necessitaram de tratamentos posteriores, com custos elevados. A clínica atraía clientes com ofertas atrativas e uma forte presença nas redes sociais, contando com a colaboração de figuras públicas para divulgar os serviços.
A defesa dos envolvidos alega que as acusações devem ser analisadas conforme o processo legal e questiona a forma como a investigação tem sido conduzida. A Polícia Civil, por sua vez, afirma que todas as ações estão sendo realizadas dentro dos parâmetros legais e com base em evidências sólidas, visando a busca pela verdade e a proteção da sociedade. A investigação segue em andamento, e os acusados podem responder por uma série de crimes, incluindo lesão corporal gravíssima, falsificação de documentos e crimes contra o consumidor.
