A morte do surfista Ricardo dos Santos, conhecido como Ricardinho, completou 10 anos nesta segunda-feira (20), com uma homenagem na praia da Guarda do Embaú, em Palhoça, SC. A cerimônia reuniu familiares e amigos para lembrar o atleta, que tinha apenas 24 anos quando foi assassinado em janeiro de 2015. Ricardinho, uma das maiores promessas do surfe brasileiro, foi morto a tiros em frente à casa de sua família por um policial militar durante uma discussão. A tragédia aconteceu quando o atleta pediu para que o PM e outro indivíduo saíssem da frente de sua residência, após um desentendimento envolvendo o estacionamento de um veículo.
A mãe de Ricardinho, Luciane dos Santos, compartilhou que, apesar da dor, as memórias do filho são marcadas por momentos felizes, que ajudam a substituir a tristeza pela gratidão. Ela falou sobre como o tempo passou rápido e como o apoio dos amigos e familiares tem sido fundamental para seguir em frente. Durante a homenagem, os presentes formaram uma roda na areia e seguiram até o Rio da Madre, em um ato simbólico que representou a continuidade da vida e o respeito à memória do surfista.
O responsável pelo crime foi condenado a 22 anos de prisão em 2016, após julgamento em júri popular, sendo expulso da Polícia Militar. Ao longo dos anos, sua pena foi reduzida, e, em 2020, ele obteve o direito de cumprir parte de sua sentença em regime semiaberto. Embora o caso tenha sido amplamente discutido, a lembrança de Ricardinho permanece viva, não apenas pelos feitos esportivos, mas também pelo legado de sua figura marcante dentro e fora das ondas.
