Jean-Marie Le Pen, figura emblemática da extrema direita na França, faleceu nesta terça-feira (7/1), aos 96 anos, em um hospital onde estava internado há várias semanas. Sua morte foi confirmada por meio de um comunicado de sua família, que destacou que ele faleceu cercado por seus familiares. Conhecido por suas posições polêmicas, especialmente em relação à imigração e ao multiculturalismo, Le Pen foi uma figura polarizadora, tanto admirada por seus apoiadores quanto amplamente criticada por suas declarações controversas.
Le Pen foi o fundador e líder do partido de extrema direita Frente Nacional, cargo que ocupou de 1972 até 2011. Durante sua trajetória política, um dos momentos mais marcantes foi em 2002, quando ele conseguiu chegar ao segundo turno das eleições presidenciais, mas acabou sendo derrotado por Jacques Chirac. No entanto, a sua liderança também foi marcada por sucessivos episódios de tensões internas e externas, incluindo críticas a suas declarações negacionistas sobre o Holocausto, que prejudicaram a imagem do partido e levaram a diversas sanções legais.
Em 2011, Le Pen passou a liderança do partido para sua filha, Marine Le Pen, que reformulou a legenda e a rebatizou como Reagrupamento Nacional. Embora tenha se distanciado da liderança, Le Pen continuou sendo uma figura polêmica até ser suspenso da legenda em 2015, após novas declarações controversas. O legado de Le Pen segue sendo tema de debate na política francesa, com sua imagem dividindo opiniões até seus últimos dias.