O governo de Israel emitiu um alerta para seus cidadãos que serviram nas Forças de Defesa de Israel (FDI), pedindo cautela com postagens em redes sociais sobre seu serviço militar. O alerta ocorre após um pedido de investigação da Justiça brasileira, que busca apurar a possível responsabilidade de um soldado israelense por crimes de guerra enquanto estava no Brasil. A investigação, solicitada pelo Ministério Público Federal, será conduzida pela Polícia Federal, com foco em atos supostamente cometidos fora do território nacional, com base em tratados internacionais como a Convenção de Genebra.
A investigação foi desencadeada por uma denúncia apresentada por advogados que alegam que o soldado, identificado como Yuval Vagdani, seria um possível criminoso de guerra e estaria no Brasil, mais especificamente na Bahia. A juíza responsável pelo caso transferiu a competência para o Distrito Federal, conforme o Código de Processo Penal, que determina que a jurisdição recai sobre o estado onde o acusado tenha residido por último. A ação gerou um grande debate político em Israel, com alguns líderes do governo e da oposição questionando a atuação das autoridades brasileiras e a segurança jurídica para seus cidadãos fora do país.
A situação gerou polêmica também no cenário político israelense. Líderes de diferentes partidos criticaram a abordagem da Justiça brasileira e o impacto da investigação sobre a imagem internacional de Israel, especialmente em relação ao tratamento de seus soldados no exterior. O caso tem atraído atenção tanto dentro de Israel quanto em outros países, levantando questões sobre a proteção de cidadãos israelenses em território estrangeiro e as implicações das ações judiciais internacionais sobre supostos crimes cometidos por militares em contextos de guerra.