A estrutura da ponte que desabou no domingo (22) entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) continua a ser alvo de intensas operações de resgate e identificação das vítimas. A tragédia resultou na queda de dez veículos, incluindo caminhões carregados com substâncias perigosas como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. Desde o ocorrido, equipes dos Bombeiros, Marinha e Polícia Civil montaram uma base em Aguiarnópolis para agilizar as buscas submersas e a identificação dos corpos, que estão sendo analisados no Núcleo de Medicina Legal montado no local, com o apoio da Prefeitura da cidade.
As buscas submersas iniciaram na quarta-feira (25) e já resultaram na identificação de várias vítimas, incluindo um homem e uma mulher, ambos de 43 anos. Além deles, corpos de outras pessoas, incluindo uma criança de 11 anos e motoristas dos caminhões envolvidos, também foram encontrados. A operação continua em ritmo acelerado, com os trabalhos de perícia realizados à margem do rio, antes que os corpos sejam encaminhados para os institutos de medicina legal. A água do rio, suspeita de contaminação por substâncias químicas, exige cuidados extras por parte das equipes de resgate.
Em resposta à tragédia, o Ministério dos Transportes anunciou que a ponte será reconstruída em um prazo de um ano, com investimentos entre R$ 100 e R$ 150 milhões, além de um decreto de situação de emergência para agilizar a liberação de recursos e viabilizar as ações necessárias. A ponte, que liga o Tocantins e Maranhão pela BR-226, já apresentava sinais de deterioração, e planos de reabilitação estavam em andamento antes do desastre. A reconstrução da infraestrutura é vista como uma prioridade para garantir a segurança na região, afetada diretamente pela falta de uma rota alternativa.