O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que o Brasil tomará as medidas necessárias, em colaboração com autoridades judiciais, para garantir que as leis brasileiras sejam cumpridas após a decisão da Meta de interromper a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. Costa destacou a importância de adotar ações para responsabilizar grandes empresas de tecnologia pelo conteúdo veiculado, defendendo que não é possível permitir que plataformas com milhões de usuários operem sem seguir normas ou serem responsabilizadas por disseminação de informações falsas.
O ministro também enfatizou que a questão não se limita ao Brasil, mas é um debate global sobre a necessidade de regular a atuação das grandes corporações de tecnologia. Para ele, a discussão deve envolver a criação de parâmetros internacionais unificados que possam conter práticas de empresas que influenciam a disseminação de informações de forma distorcida ou irresponsável. A preocupação, segundo Costa, é que essas plataformas, sem regulamentação adequada, possam contribuir para a manipulação da opinião pública e do acesso à informação.
Costa defendeu ainda que não se pode aceitar uma “liberdade plena” para a prática de crimes nas plataformas digitais. Ele reforçou que o mundo está começando a se organizar para estabelecer leis que limitem o poder de grandes empresários do setor de tecnologia, propondo uma abordagem coordenada entre países para garantir o cumprimento de padrões éticos e legais no ambiente digital.