Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revela que o estado da Paraíba conta com 502 obras federais paralisadas, sendo as áreas da saúde e educação as mais afetadas. Entre os municípios paraibanos, João Pessoa destaca-se com 40 obras inacabadas, com ênfase na educação superior e saúde. Em Campina Grande, são 7 obras paradas, divididas entre educação superior, habitação e infraestrutura urbana. O levantamento também indica que as áreas de infraestrutura e mobilidade urbana, turismo, saneamento, agricultura e esporte possuem números consideráveis de obras não concluídas.
Os dados mostram que as principais razões para o grande número de obras paralisadas incluem falta de recursos e planejamento insuficiente, mas também refletem a instabilidade nas gestões e mudanças de prioridade ao longo dos anos. No setor de saúde, 151 obras aguardam conclusão, enquanto 138 envolvem a educação básica, seguidas por 115 em infraestrutura. A gestão da UFPB, por exemplo, assumiu compromissos para retomar a execução das obras paralisadas nos próximos anos, com uma atenção especial para as obras que já estão paradas há mais de uma década.
Especialistas apontam que a situação das obras inacabadas no Brasil não se limita à escassez de recursos, mas envolve também questões relacionadas à gestão pública e à maneira como as prioridades são definidas. Mudanças políticas e administrativas ao longo do tempo podem contribuir para o abandono de projetos, prejudicando a continuidade e a qualidade das obras em áreas essenciais, como a educação e saúde. As autoridades estaduais e municipais têm buscado formas de retomar esses projetos, com o desafio de garantir que os recursos necessários sejam efetivamente aplicados.