O Bradesco BBI reiterou sua recomendação de compra para as ações da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, e da TIM (TIMS3), com preços-alvo de R$ 60 e R$ 18, respectivamente. O banco destaca a combinação de receitas resilientes, baixa sensibilidade ao PIB, fortes fluxos de caixa e altos dividendos como fatores positivos para essas empresas. Para a Vivo, o BBI também aponta o sólido crescimento da receita, estimado em 6,4% para 2025, além da menor exposição ao segmento pré-pago e ao potencial de ganhos com a migração de concessão, que pode elevar o dividend yield.
Em relação à TIM, o banco manteve a recomendação de compra, mas projeta um crescimento mais modesto da receita de serviços, estimado em 5,3% ao ano, principalmente devido à base de comparação desafiadora no segmento pré-pago. No entanto, o BBI prevê que a TIM também deve se beneficiar de um crescimento robusto em serviços móveis, com uma alta de 5,5% no ano. O banco não espera grandes catalisadores nos resultados do 4T24, mas acredita que as ações da Vivo podem ser impulsionadas pela divulgação de mais informações sobre a migração da concessão.
Por outro lado, o BBI manteve a recomendação neutra para Desktop (DESK3) e Brisanet (BRIT3), devido a fatores como baixo volume de negociações, fraco fluxo de caixa e balanços mais alavancados. A Brisanet, em particular, continua sendo a escolha menos preferida do banco devido ao maior risco associado à sua estratégia de expansão no mercado móvel. O banco ajustou os preços-alvo para ambas as ações, refletindo o aumento da taxa de juros real. O relatório também reconhece que 2025 será um ano desafiador para o setor, com um PIB fraco e uma inflação alta.