Em audiência na Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados, a Caixa Econômica Federal apresentou seus avanços no atendimento digital, ao mesmo tempo em que informou sobre a ampliação de agências físicas. No entanto, representantes de servidores e terceirizados expressaram preocupações em relação ao fechamento de cerca de 120 agências, destacando a precarização do trabalho e demissões. A superintendente do banco, Fernanda de Castro, reafirmou a importância da presença física da Caixa, mesmo com o aumento do uso de canais digitais.
O presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa criticou a falta de implementação de sugestões feitas pelos servidores, especialmente relacionadas ao fechamento das agências, a maioria delas situada em estados com forte interesse do setor privado. A discussão também abordou a dependência de lotéricas para o atendimento, o que gerou preocupações sobre as condições de trabalho dos funcionários dessas instituições. As questões levantadas incluem não apenas a viabilidade econômica da Caixa, mas também seu papel social e a continuidade de serviços essenciais à população.
Além disso, a audiência revelou preocupações sobre as demissões no setor e a possível redução de postos de trabalho, embora a gestão da Caixa tenha afirmado que não há diretrizes nesse sentido. A deputada responsável pela organização do debate sugeriu novas negociações para corrigir as falhas no processo de reposicionamento das agências. A Caixa, que está em busca de novos servidores, continua a ser vista como uma importante articuladora de políticas públicas, o que torna os fechamentos de agências ainda mais preocupantes para muitos stakeholders.