Flavia Loss, coordenadora da pós-graduação em Relações Internacionais da FESPSP, comentou em entrevista ao 360° a crescente pressão internacional sobre países democráticos para que se posicionem em relação à eleição presidencial na Venezuela. De acordo com Loss, a demanda por uma postura mais firme é especialmente intensa para nações latino-americanas como Brasil, Colômbia e México, que estão sendo pressionadas a adotar uma posição mais clara sobre a crise política no país.
A especialista também observou que, apesar da pressão internacional, é pouco provável que China e Rússia alterem seu apoio aos resultados eleitorais na Venezuela. Loss destacou que esses países, devido à sua distância geográfica e questionamentos sobre suas próprias democracias, já confirmaram sua concordância com o resultado das eleições, e uma mudança em sua postura teria um impacto mínimo.
A situação reflete a complexidade das relações diplomáticas na América Latina, onde os países democráticos enfrentam o desafio de equilibrar seus princípios democráticos com os interesses geopolíticos. A pressão sobre nações como Brasil, Colômbia e México evidencia o dilema enfrentado pelas democracias da região em meio à crise venezuelana.
