O setor público consolidado do Brasil apresentou um déficit primário de R$ 61,272 bilhões entre janeiro e novembro de 2025, conforme revelado pelo Banco Central nesta terça-feira, 30. Esse valor representa 0,53% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo influenciado por um déficit significativo de R$ 80,259 bilhões nas contas do governo central, que equivale a 0,69% do PIB.
Por outro lado, os Estados e municípios contribuíram positivamente para as contas públicas, apresentando um superávit de R$ 29,320 bilhões, que representa 0,25% do PIB. Isoladamente, os Estados tiveram um saldo positivo de R$ 22,196 bilhões, enquanto os municípios somaram R$ 7,125 bilhões. As empresas estatais, por sua vez, registraram um déficit de R$ 10,334 bilhões, equivalente a 0,09% do PIB.
Esse cenário fiscal destaca a necessidade de uma gestão mais equilibrada das contas públicas no Brasil, especialmente em um contexto de recuperação econômica. O déficit primário, embora preocupante, é parcialmente contrabalançado pelo desempenho positivo de Estados e municípios, o que pode indicar uma resiliência fiscal em níveis regionais. O monitoramento contínuo das finanças públicas será fundamental para entender as implicações desse déficit no futuro econômico do país.

