Em novembro de 2025, o governo central brasileiro enfrentou um déficit primário de R$ 20,172 bilhões, conforme relatório divulgado pelo Tesouro Nacional. Em outubro, as contas apresentaram um superávit de R$ 36,527 bilhões, evidenciando uma mudança preocupante na saúde fiscal do país. Este rombo é o maior registrado para o mês desde 2023, quando as contas ficaram negativas em R$ 41,707 bilhões, corrigidos pela inflação.
O aumento do déficit é atribuído a uma queda nas receitas não administradas, incluindo uma redução nos dividendos e nas receitas de concessões, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Além disso, as despesas do governo central cresceram 4,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as receitas totais apresentaram uma queda real de 2,6%. Apesar do aumento nas despesas, Ceron observa um crescimento contínuo das receitas ao longo do ano.
No acumulado do ano, o déficit primário do governo central soma R$ 83,823 bilhões até novembro, comparado a R$ 67,030 bilhões em 2024. O governo visa um resultado fiscal neutro para 2025, permitindo um déficit de até 0,25% do PIB. As expectativas para dezembro incluem um superávit primário estimado em R$ 20 bilhões, impulsionado pela entrada de dividendos e receitas adicionais de leilões de petróleo.

