Na última segunda-feira, os Estados Unidos anunciaram que dois homens morreram em um ataque aéreo contra uma embarcação suspeita de tráfico de drogas em águas internacionais do Pacífico oriental. A operação foi realizada sob ordens do secretário de Defesa, Pete Hegseth, e faz parte de uma campanha militar ampliada que já registrou 30 ataques desde setembro deste ano.
Com esta ação, o número total de mortes relacionadas a operações navais dos EUA contra o narcotráfico chega a pelo menos 107, segundo dados do Pentágono. A inteligência militar indicava que a embarcação seguia rotas conhecidas de tráfico. A Casa Branca e o Pentágono têm promovido essas operações como medidas essenciais para combater as overdoses nos EUA, embora especialistas questionem a eficácia dessas alegações.
A escalada militar dos EUA no Pacífico é acompanhada de um aumento nas tensões diplomáticas com países da América Latina, que expressam preocupação sobre as operações unilaterais em suas zonas econômicas. Além disso, a falta de transparência e as potenciais violações de direitos humanos têm gerado críticas no Congresso e por parte de organizações não governamentais. A situação levanta questões sobre a legitimidade e os efeitos a longo prazo da política de defesa norte-americana na região.

