O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma variação de apenas 0,01% em dezembro de 2025, após uma alta de 0,27% em novembro. O fechamento do ano com uma queda acumulada de 1,05% evidencia uma mudança significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o índice havia subido 0,94%. Essa nova realidade impacta diretamente os contratos de aluguel, uma vez que o IGP-M é amplamente utilizado para essas renegociações.
O resultado do IGP-M, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), é reflexo de um ambiente global caracterizado pela desaceleração econômica e incertezas que limitaram o repasse de custos. A deflação observada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu 0,12% em dezembro, foi um fator crucial, assim como a melhoria nas safras agrícolas que aliviaram os preços das matérias-primas. Essa dinâmica sugere que, embora a pressão de custos tenha diminuído, ainda existem riscos associados a itens mais sensíveis à atividade econômica.
O desempenho do IGP-M e suas componentes, como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que subiu 0,24% em dezembro, indica um cenário em que a inflação geral continua a apresentar variações moderadas. As quedas em categorias como Alimentação e Vestuário contrastam com aumentos em Habitação e Educação, o que reflete um comportamento desigual dos preços. Assim, os desdobramentos da inflação dos aluguéis e dos custos de vida serão temas a serem monitorados em 2026, à medida que o mercado se ajusta a essas novas condições.