A China deu início a grandes exercícios militares ao redor de Taiwan, que incluem a simulação do bloqueio de portos estratégicos da ilha, reconhecida por poucos países e reivindicada por Pequim como parte de seu território. As operações, denominadas ‘Missão Justiça 2025’, envolvem o uso de munição real e a participação de diversas unidades das forças armadas chinesas, incluindo destróieres e bombardeiros, e visam demonstrar a capacidade de combate mar-terra e o controle de áreas cruciais.
As manobras ocorrem em um contexto de crescente tensão entre China e Taiwan, especialmente após a aprovação, pelo governo dos Estados Unidos, de um pacote de venda de armas à ilha no valor de 11,1 bilhões de dólares. A resposta chinesa foi rápida, com autoridades alertando que qualquer tentativa de impedir a unificação de Taiwan com a China será infrutífera. O Exército taiwanês, por sua vez, mobilizou forças para uma resposta rápida às atividades militares chinesas, que têm sido vistas como uma intensa forma de intimidação.
As recentes ações militares da China refletem uma escalada nas pressões exercidas sobre Taiwan, que se intensificaram desde a ascensão ao poder do Partido Progressista Democrático, em 2016. O coronel chinês Shi Yi caracterizou as manobras como uma advertência às forças separatistas, enquanto o governo taiwanês condenou-as como uma violação de sua soberania. A situação permanece tensa, com implicações significativas para a estabilidade regional e as relações diplomáticas entre China, Taiwan e os Estados Unidos.

