O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, no último sábado (27), que 80% da força de trabalho da Petrobras deve ser mantida em suas unidades, em meio a uma greve que se estende há semanas. A medida busca assegurar a continuidade das operações da estatal enquanto as negociações com os sindicatos permanecem em andamento. O presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, também pediu que os sindicatos garantam o livre acesso a funcionários e equipamentos nas operações da empresa.
Em comunicado, a Petrobras destacou que, após meses de tentativas de acordo, 11 sindicatos já aprovaram a proposta da empresa, encerrando a greve na maioria das bases. No entanto, ainda existem cinco grupos dissidentes que rejeitaram os termos propostos, incluindo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, que se manifestou contra a última oferta. A companhia também foi ordenada a fornecer informações detalhadas sobre a força de trabalho em cada unidade.
As negociações salariais envolvem questões complexas, como fundos de pensão e deduções sobre os pagamentos de aposentados, dificultando um desfecho rápido para a disputa. A Federação Nacional dos Petroleiros criticou a determinação do TST, afirmando que manter 80% da força de trabalho é inviável. O futuro da greve e das negociações ainda é incerto, enquanto as partes tentam chegar a um entendimento.

