Barreiras de acessibilidade afetam 56% de profissionais com deficiência no Brasil

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

Um estudo recente do Instituto Locomotiva indica que 56% dos profissionais com deficiência ou neurodivergência no Brasil enfrentam barreiras de acessibilidade que comprometem seu bem-estar e desempenho no trabalho. Apesar de mais de 63 mil pessoas com deficiência terem conseguido um emprego no primeiro semestre de 2025, apenas metade das vagas previstas na Lei de Cotas está ocupada, evidenciando um desafio persistente na inclusão laboral.

Os obstáculos enfrentados por esses profissionais incluem dificuldades de mobilidade urbana, que muitas vezes resultam em atrasos ou até na impossibilidade de comparecer a compromissos de trabalho. Um terço dos entrevistados relataram ter deixado de buscar emprego devido a esses desafios, enquanto 37% mencionaram sentimentos de tristeza ou depressão em decorrência das dificuldades enfrentadas no dia a dia. Além disso, 86% dos profissionais com deficiência ou neurodivergência afirmaram ter sofrido capacitismo no ambiente de trabalho, evidenciando a necessidade urgente de mudanças nas políticas de inclusão.

As implicações desse estudo são profundas, uma vez que a falta de acessibilidade e inclusão não apenas afeta o desempenho profissional, mas também a saúde mental desses trabalhadores. A pesquisa destaca a importância de programas de mentoria e desenvolvimento voltados para pessoas com deficiência, bem como a necessidade de uma maior sensibilização sobre a diversidade no local de trabalho. Com a crescente demanda por igualdade e inclusão, as empresas devem repensar suas práticas para garantir um ambiente de trabalho mais justo e acessível para todos.

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