Em uma reunião no Salão Oval, o presidente Donald Trump discutiu com o secretário de Estado, Marco Rubio, maneiras de adotar uma postura mais agressiva em relação à Venezuela. O encontro ocorreu pouco antes do Memorial Day, quando a pressão de parlamentares cubano-americanos se intensificou, exigindo ações contra o governo de Nicolás Maduro. Trump ponderou sobre a continuidade das operações da Chevron no país, essencial para os interesses americanos, mesmo sob a pressão de se mostrar firme contra o regime venezuelano.
As discussões entre Trump, Rubio e o assessor Stephen Miller resultaram em uma diretriz secreta que ordenava operações militares contra cartéis de drogas na América Latina, com foco na Venezuela. Essa campanha, que se intensificou após o final de maio, foi marcada por ataques que resultaram em numerosas mortes em embarcações no Caribe, enquanto o governo tentava justificar as ações como parte de um combate ao tráfico de drogas. A relação entre a Venezuela e os Estados Unidos tornou-se cada vez mais conflituosa, com a militarização da política externa americana em relação ao país sul-americano.
As ações militares, que foram descritas como um “bloqueio” ao petróleo venezuelano, levantaram preocupações sobre as implicações legais e humanitárias. A estratégia, que se assemelha a uma diplomacia das canhoneiras, visa não apenas pressionar Maduro, mas também garantir que o acesso às vastas reservas de petróleo da Venezuela não caia nas mãos de países rivais como a China. Este contexto complexo evidencia a interseção entre política interna dos EUA e a geopolítica da América Latina.

