O Senado da Argentina aprovou o orçamento de 2026 do presidente Javier Milei em uma votação de 46 a 25, consolidando uma vitória legislativa significativa. Esta foi a primeira votação orçamentária desde a sua posse em 2023 e ocorreu após o fortalecimento do capital político de Milei nas recentes eleições de meio de mandato, onde seu partido se tornou a maior bancada na Câmara dos Deputados.
A aprovação do orçamento é vista como um teste importante para Milei, que até agora governou principalmente por decretos. O documento não apenas aborda a política fiscal, mas também permite ao governo emitir dívida no exterior, alinhando-se a exigências do Congresso para a venda de títulos internacionais. Além disso, a aprovação pode ajudar a sustentar o acordo com o FMI, essencial para o equilíbrio fiscal almejado pelo governo.
Entretanto, a votação também expôs tensões entre Milei e seus aliados, especialmente em questões relacionadas a cortes em gastos com universidades e programas para pessoas com deficiência. A alteração desses pontos durante as discussões orçamentárias levou a disputas internas, e a decisão de não indicar o ex-presidente Mauricio Macri para um cargo no conselho da Auditoria Geral da Nação provocou descontentamento entre os legisladores do PRO, partido aliado. Apesar disso, a aprovação pode reforçar a governabilidade de Milei no Congresso.

